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IX Congreso - ALAP 2020 Resumo: 10045-1

10045-1

Efeitos demográficos e educacionais no desemprego jovem das regiões metropolitanas do brasil

Autores:
Bernardo Lanza , Nathália Barbosa
1 CEDEPLAR - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional

Resumo:

EFEITOS DEMOGRÁFICOS E EDUCACIONAIS NO DESEMPREGO JOVEM DAS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL

 

O desemprego jovem é um tema de relevância nos estudos de mercado de trabalho. Isto porque o fenômeno apresenta algumas particularidades permanentes como seus altos níveis e sua sensibilidade a períodos de recessão. Dentre as discussões dos determinantes do desemprego jovem, que passam por questões demográficas, econômicas, institucionais e estruturais, O’Higgins (2001) aponta três principais causas do desemprego para esse subgrupo populacional, sendo elas (i) variação na demanda agregada, (ii) salários relativos, representados pela sinalização dos jovens no mercado de trabalho e (iii) o tamanho relativo das coortes de jovens. Partindo desse referencial, espera-se responder a algumas questões que se tornaram o objetivo principal desse trabalho. Como a atual tendência de redução do tamanho das coortes jovens impacta o desemprego dos jovens? Quais são os efeitos do aumento geral da escolaridade da população no desemprego? Seriam tais efeitos uniformes segundo os subgrupos educacionais? Seriam os fatores estruturais e conjunturais da economia os responsáveis pela determinação do desemprego? Para tal, esse trabalho apresenta um acompanhamento da proporção de jovens desempregados nas Regiões Metropolitanas do Brasil por grupos educacionais do ano de 2001 até 2015 através dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD. A partir da adoção de um método de decomposição proposto por DasGupta (1994), busca-se quantificar o peso de cada um dos determinantes do desemprego jovem no diferencial temporal observado entre as proporções de desempregados por grupo educacional. Busca-se, portanto, avaliar a alteração nessa determinação frente à intensificação das transições etárias e educacionais e frente aos ciclos econômicos. Os resultados mostram que desemprego jovem responde positivamente às variações provenientes da redução da participação dos jovens para todas as decomposições efetuadas. Quanto à transição educacional os resultados indicam que o desemprego jovem se comporta de forma distinta segundo os grupos de escolaridade, penalizando os mais escolarizados e beneficiando os menos escolarizados. Além disso, o componente educacional mostrou protagonismo na determinação das diferenças temporais de desempregados para as Regiões Metropolitanas do Brasil. As variações econômicas também se destacaram na determinação do desemprego no sentindo de reduzir as proporções de desempregados.

 

Palavras-chave: Desemprego jovem, transição etária, transição educacional, decomposição da proporção de desempregados.

Palavras-chave:
 Desemprego jovem, Transição etária , Transição educacional