| IX Congreso - ALAP 2020 | Resumo: 10070-1 | ||||
Resumo:Até 2050, 84% do crescimento da população urbana mundial está projetado para acontecer nos países da África, Ásia e América Latina e Caribe; refletindo um incremento de em torno de 2,1 bilhões de pessoas (UN, 2018). Dentre essas regiões, a América Latina é a mais urbanizada: 79,4% dos latino-americanos vivem em cidades. Especialmente em grandes cidades, dado que 51,5% da população urbana reside em cidades com mais de 1 milhão de habitantes (UN, 2018). Nesse sentido, a América Latina também comporta megacidades, a maior categoria de aglomeração urbana, que, segundo a ONU, possui ao menos 10 milhões de habitantes (ONU, 2016). Em 2020, emergem duas novas megacidades (Lima e Bogotá) na região, ao lado das outras quatro existentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Cidade do México). As megacidades são conurbações que alcançaram expansão demográfica sem precedentes (KRAAS; MERTINS, 2014). E identifica-se que a caraterização de uma aglomeração urbana como megacidade tende a acontecer quando o autor/pesquisador deseja empregar conotação negativa ao assentamento urbano (PERLMAN, 1987). Assim, a partir de uma perspectiva neomalthusiana, relaciona-se problemas urbanos - como aumento da violência e da favelização - com a intensidade do crescimento populacional. O objetivo do artigo é realizar uma apresentação das megacidades no mundo, detendo-se brevemente o contexto de expansão urbana ocorrida em três megacidades da América Latina (Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo). A seguir, e tendo o core da megacidade de São Paulo, o município de São Paulo, como estudo de caso, utiliza-se dados censitários a nível municipal e distrital para entendimento da expansão urbana e crescimento demográfico na área intraurbana. Nota-se pelo caso paulista que o crescimento demográfico do município core da megacidade é muito desigual e complexo, com taxas de crescimento diferenciadas nos distritos. Destaca-se ainda que nem a urbanização e nem a concentração populacional em grandes cidades são em si danosas do ponto de vista socioambiental (MARTINE; MCGRANHAN, 2014), sendo possível observar que essas questões estão mais relacionadas às caraterísticas da expansão urbana, do que às intensidades das taxas de crescimento populacional. Palavras-chave:
megacidades, crescimento populacional, expansão urbana
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