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IX Congreso - ALAP 2020 Resumo: 10197-1

10197-1

Evolução do Perfil Espacial de Mortalidade de Acidentes de Trânsito no Brasil e Microrregiões, 1996-2015

Autores:
Bernardo Lanza Queiroz , Júlia Clétilei Magalhães da Silva
1 Brasil - UFMG CEDEPLAR

Resumo:

OBJETIVO
Discriminar os AT por sexo, dentre a faixa etária de 15 a 35 anos, e por microrregião para avaliar espacialmente e no tempo as taxas de mortalidade por AT nos períodos de 1996-2000, 2001-2005, 2006-2010, 2011-2015. Verificar se houve espalhamento ou não das taxas de mortalidade pelas microrregiões do país.
A hipótese é de que ao longo dos anos a mortalidade por AT esteja com uma dispersão espacial maior e fortemente relacionada com homens de idade entre os 15 a 35 anos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os dados de óbito por AT são do SIM/DATASUS. Será necessário construir taxas de mortalidade por AT para homens e mulheres de 15 a 35 anos, por microrregião do país, para os 4 quinquênios adotados. Avaliar por análises descritivas e espaciais os mapas construídos com os estimadores calculados pelos métodos de Suavização Empírica de James-Stein e Mapas LISA Cluster, sendo eles o Estimador Empírico de Bayes Local, Índice de Moran e Índice Bayesiano Empírico.
RESULTADOS
A distribuição espacial por sexo é de fato impactante. Homens e mulheres, entre os 15-35 anos, têm taxas de mortalidade por AT distintas e as mulheres bem mais baixas que os homens. Há uma dispersão espacial observada ao longo da série de 1996-2015 a nível de microrregião especialmente ligada às microrregiões menos favorecidas socioeconomicamente e uma tendência de queda nas taxas no geral. A heterogeneidade espacial é marcada pelo espalhamento das taxas de mortalidade por AT de forma que a mancha de aglomerados de microrregiões de altas taxas mostram uma tendência rumo ao Centro-Oeste e Nordeste ao longo da série 1996-2015. As taxas de mortalidade por AT das microrregiões do Sul e Sudeste, mesmo numericamente maiores, mostram queda ao longo dos quinquênios analisados. Esses fatos são especialmente mais significativos para mulheres.
CONTRIBUIÇÕES
A relevância do estudo está em verificar como é a tendência de evolução das taxas de mortalidade por AT, por microrregião, ao longo de 1996-2015 no país mostrando que políticas públicas ligadas a segurança e saúde podem ajudar a reaver esse cenário. A queda das taxas, na maioria das microrregiões, é um sinal de alerta para que as políticas públicas de segurança viária e medidas coercitivas de trânsito mais eficazes continuem a zelar pela sociedade para conter o espalhamento e permanecer o cenário de queda, em especial naqueles locais socioeconomicamente desfavorecidos.

Palavras-chave:
 Mortalidade por AT, Microrregiões, Brasil, 1996-2015