A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que afeta o funcionamento do cérebro de forma gradativa e, consequentemente, compromete a autonomia do indivíduo, uma vez que, afeta diretamente as atividades neurológicas. Tendo em vista a rápida transição demográfica, presente em todas as regiões do território brasileiro, almejara-se refletir sobre este cenário da sociedade contemporânea. Por um lado, a conquista da longevidade de vida, e por outro o envelhecimento populacional, tem elevado significativamente as doenças associadas à capacidade funcional de quem envelhece, como é o mal de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que atinge as pessoas idosas. O Relatório sobre a Doença de Alzheimer no mundo de 2009 estimou que 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo viverão com demência em 2010 e a previsão é que este número duplique até 2030. Uma temática de tal magnitude precisa de atenção, uma vez que o índice de idosos também vem crescendo rapidamente, já que a proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade da população total do Brasil foi de 11,7% e este indicador dobraria, para 23,5%, em 24,3 anos, ou seja, próximo ao ano de 2039 (IBGE, 2015). Com isso, surge a preocupação com os cuidados prolongados a saúde, em especial, para os portadores de demência que necessitam de assistência integral. Estes aspectos são um grande desafio para o campo de políticas públicas de saúde, já que o Estado é responsável por prover a saúde e a qualidade de vida; sendo os idosos a parcela da população que mais utiliza os serviços de saúde. A pesquisa segundo o objetivo principal caracteriza-se como descritivo e exploratório, tendo sido adotada metodologia qualitativa e quantitativa. Como conhecimentos teóricos, utilizou-se a pesquisa documental e bibliográfica. Também se utilizou dados secundários como base de informações. Sendo de uma natureza aplicada, o trabalho objetiva gerar, ao longo do seu desenvolvimento, conhecimentos sobre a temática de modo que as políticas já existentes sejam conhecidas e, além disso, possam ser pensadas soluções de aplicação prática para a problemática apresentada. Para além dos aspectos sociais, o presente trabalho busca relatar os impactos econômicos dos serviços prestados à população idosa evidenciando o orçamento público destinado a área da saúde e quanto é destinado à assistência de longa duração para os idosos, além da influência que o Alzheimer, dentre outras doenças degenerativas, apresenta na demanda de cuidados e os gastos voltados a essa assistência, diante do cenário estrutural e socioeconômico do Brasil, sendo este um país em desenvolvimento.