| IX Congreso - ALAP 2020 | Resumo: 10230-2 | ||||
Resumo:Considerando a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre as singularidades da população jovem e universitária, o objetivo deste trabalho é identificar diferenciais por sexo na prevalência e nos fatores associados ao Transtorno Mental Comum (TMC) entre estudantes universitários brasileiros. Utilizou-se os dados de um estudo transversal, com coleta de dados realizada por meio de questionário estruturado, aplicado de forma anônima e de autopreenchimento em sala de aula. Trata-se de uma amostra de alunos regularmente matriculados em todos os cursos de graduação da Universidade Estadual de Campinas, situada no Estado de São Paulo, Brasil. Para este trabalho, foram incluídos os dados referentes a indivíduos de 17 a 25 anos. Utilizou-se como indicador do TMC os resultados obtidos a partir da aplicação do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). As associações entre as variáveis foram obtidas através do teste Qui-quadrado de Pearson (p valor=<0,05) e a força da associação foi identificada mediante os testes de Phi e VCramer. A amostra deste trabalho foi constituída por 6278 indivíduos, com idade média de 20,5 anos e pontuação média no SRQ-20 de 7,8. Observou-se que a maioria apresenta resultado positivo para TMC (58,1%). Os homens constituem 51,4% dos participantes e as mulheres representam 48,6% destes indivíduos. A análise preliminar dos dados aponta uma diferença estatisticamente significativa da presença de TMC entre os sexos. Verifica-se que as mulheres relatam maior número de sintomas associados a ansiedade e depressão (escore médio de 9,5) do que os homens (escore médio de 6,4), assim como apresentam maior proporção de resultado positivo (64,8% e 51,8%, respectivamente). Dentre o elevado número de variáveis associadas ao TMC, aquelas com maior força de associação foram: para ambos os sexos - dificuldades para dormir; possuir algum transtorno de Saúde Mental e ter ideações suicidas. Para os homens também foi identificada associação muito forte com sentimento em relação a ser aluno da Unicamp. Esses resultados reforçam a importância de atentar para as condições de Saúde Mental e para as percepções dos estudantes sobre sua relação com a vida universitária. É essencial o planejamento de intervenções focadas em grupos com maior vulnerabilidade ao adoecimento, de modo que favoreça o bem estar dos estudantes e estimule a construção de experiências mais positivas no contexto acadêmico. Palavras-chave:
ansiedade, depressão, estudantes
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