| IX Congreso - ALAP 2020 | Resumo: 10292-1 | ||||
Resumo:No Brasil, os estudos sobre a desigualdade da distribuição da renda apontam, em linhas gerais, para duas conclusões semelhantes: a grande concentração por aqueles que integram o topo da distribuição (estrutura) e; a sua resistência a quedas acentuadas no longo prazo (trajetória). Estudos internacionais sugerem que entre as nações mais ricas, aquelas que são mais igualitárias tendem a apresentar melhores condições de vida e de bem-estar para a população. Adicionalmente, estas sociedades tendem a construir uma relação mais sustentável com o ambiente. No entanto, para o caso brasileiro, ainda não são plenamente conhecidos, em termos empíricos, os potenciais efeitos positivos da maior igualdade. Não obstante, estudos apontam para a existência de correspondência entre desigualdade renda e desigualdades urbanas, sobretudo, nas principais metrópoles do país. Logo, o objetivo deste trabalho consiste em analisar se há relação entre a maior igualdade, vista pela ótica da distribuição da renda, e melhores condições de vida nas metrópoles brasileiras. A medida de desigualdade empregada foi a razão entre as parcelas dos décimos superior e inferior da renda (i.e., entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres), também conhecida como Razão 10+/10-. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2019, conduzida pelo IBGE, foi a principal base de dados utilizada. Além desta, utilizamos as informações disponibilizadas pelo IBGE, em apoio ao enfrentamento à Covid-19, acerca do mapeamento dos domicílios localizados em áreas caracterizadas como aglomerados subnormais no ano de 2019. Dentre as variáveis slecionadas foi possível identificar a existência de correlação linear da desigualdade com: a taxa de pobreza absoluta; a taxa de desocupação; a taxa de informalidade e; o percentual de domicílios situados em áreas classificadas como aglomerados subnormais; a taxa de analfabetismo; o percentual de domicílios atendidos por serviço de coleta de lixo e; os domicílios com adensamento excessivo. Palavras-chave:
Desigualdade, Metrópoles, Brasil
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