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IX Congreso - ALAP 2020 Resumo: 10323-1

10323-1

Descrição das Populações em Áreas de Risco de Deslizamentos em Belo Horizonte, Brasil

Autores:
Alisson Flávio Barbieri , Richard Moreira
1 UFMG/CEDEPLAR - Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo:

Título: Diferencial de Vulnerabilidade a Desastres Ambientais em Belo Horizonte, Brasil

Autor: Richard Eustáquio de Assis Moreira

Dados do relatório de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), População em Áreas de Risco no Brasil, mostram que atualmente existem cerca de 8 milhões de pessoas vivendo em áreas propensas a risco de desastres naturais no Brasil. Desastres como: inundações , deslizamentos de terra, deslizamentos de terra e outros eventos relacionados aos padrões climáticos e pluviométricos colocam o Brasil como um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas na América Latina.

É evidente que a população brasileira, especialmente a que vive em áreas urbanas propensas ao risco de desastres, são vulneráveis a desastres ambientais que estão em ascensão no mundo inteiro como resultado do aquecimento global e das mudanças climáticas. O principal objetivo desta proposta é classificar e diferenciar a população de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, que vive em áreas propensas ao risco de desastres e a população que morava nessas áreas, mas conseguiu migrar. É obrigatório entender como acontece o processo de tomada de decisão que resulta em migração e, principalmente, quais variáveis são levadas em consideração para essa decisão e como elas interagem com os estresses ambientais.

A literatura já discute que características socioeconômicas como renda, arranjo familiar e ocupação criam diferenciais de vulnerabilidade que podem tornar alguns mais ou menos propensos a migrar. Dessa forma, entender essa relação permitiria o melhor delineamento de políticas públicas voltadas para o atendimento de populações em áreas de risco nos aglomerados urbanos brasileiros. O caso de pesquisa é a cidade Belo Horizonte e suas áreas classificadas, segundo o IBGE, como áreas de risco, e as populações que nelas habitam. Esta é a quarta cidade brasileira com o maior número de pessoas vivendo em áreas propensas a risco de desastres e conta com uma política pública municipal voltada para o atendimento e a remoção de famílias que queiram deixar áreas de risco. Assim, pretende-se, por métodos derivados de clustering como Análise de Componentes Principais e outras análises estatísticas, encontrar os perfis com maior probabilidade de migrar e entender como eles diferem da população em geral que habita essas áreas.

Referências

População em áreas de risco no Brasil / IBGE, Coordenação de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. 91 p.: il.

Palavras-chave:
 desastres, mudanças climáticas, migração