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Os efeitos do envelhecimento populacional e da saúde sobre o crescimento econômico dos estados brasileiros
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Autores: |
Fábio Rodrigues de Moura , Fernanda Esperidião , Kenya Valéria Micaela de Souza Noronha , Valéria Andrade Silva
1 Brasil - Universidade Federal de Sergipe, 2 Brasil - Universidade Federal de Minas Gerais
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Resumo:
OBJETIVO
Avaliar a relação entre o envelhecimento populacional, a saúde e o crescimento econômico nos estados brasileiros entre 1990 e 2015.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para observar esse comportamento, foi utilizado o método System GMM desenvolvido por Blundell e Bond (1998), em que a variável dependente é o log do PIB real per capita e as variáveis utilizadas como proxies para o envelhecimento populacional são: proporção da população com 65 anos ou mais e razão de dependência de idosos; A variável taxa de mortalidade infantil foi utilizada como proxy para o estado de saúde da população. Para refletir os aspectos sociodemográficos foram utilizadas as variáveis como média dos anos de estudo da população em idade ativa, o índice de Gini, entre outras. Os dados foram coletados do sistema de Contas Nacionais do IBGE, DATASUS, PNAD, Censo e EPE.
RESULTADOS
Existe uma dualidade no sentido dos efeitos tanto da saúde quanto do envelhecimento populacional sobre o crescimento econômico. Os resultados indicam que, nos estados brasileiros, o aumento da proporção de idosos e da razão de dependência não têm causado redução do PIB real per capita, embora, quando observada a relação destas variáveis, com defasagem de tempo, há um efeito negativo. De forma global, os efeitos são positivos, indicando que, no Brasil, no período de 1990 a 2015, o envelhecimento populacional não causou uma redução da economia, o que pode estar relacionado ao fato de que ainda se tem uma maior proporção da população em idade ativa, dado que se está passando pelo bônus demográfico. O comportamento negativo das proxies para o envelhecimento, na defasagem de tempo, chama a atenção e serve de alerta, já que seus efeitos sobre a economia só serão percebidos em um gap de tempo, no qual irá acontecer a modificação na estrutura etária e produtiva. Com relação à saúde, a taxa de mortalidade infantil não se mostrou com um efeito relevante sobre o crescimento econômico.
CONCLUSÕES
No Brasil, os efeitos do aumento da população idosa ainda não são tão aparentes, mas, não deixa de se apresentar como um alerta, uma vez que existe uma tendência ao aumento dessa população em detrimento da população em fase ativa, o que poderá ter efeitos futuros negativos se não houverem investimentos em capital humano, como saúde e educação, e em melhorias no sistema de proteção social.
Palavras-chave:
envelhecimento populacional, saúde, crescimento econômico
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