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IX Congreso - ALAP 2020 Resumo: 10335-3

10335-3

Decompondo os diferenciais de expectativa de vida entre homens e mulheres para o Brasil e Grandes regiões: contribuições das causas de morte

Autores:
Wanderson Costa Bomfim
1 Brasil - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, 2 Brasil - Fiocruz-Minas - Instituto René Rachou

Resumo:

Introdução: A literatura vem ressaltando um expressivo hiato entre homens e mulheres no que tange a mortalidade. Ao longo dos processos de transição demográfica e epidemiológica, os homens experimentaram mudanças nas condições de saúde que possibilitaram ganhos em termos de anos de vida, diminuindo a diferença existente, mas de maneira heterogênea entre as sociedades, no entanto, a diferença permanece.  Objetivo: O presente estudo teve como objetivo mensurar a contribuição das causas de morte e grupos etários na diferença de expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres no Brasil e Grandes Regiões, em 2017. Metodologia: Foram utilizadas tábuas de mortalidade para Brasil e as cinco Grandes Regiões para o ano de 2017, além dos dados de mortalidade por causa foram obtidas por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A metodologia empregada foi o método de decomposição de Pollard (1982). Resultados: Tanto para o Brasil, quanto para as Grandes Regiões, foram as causas externas que tiveram maior contribuição relativa no diferencial de expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres. O grupo de doenças do aparelho circulatório foi o segundo que mais contribui positivamente para o diferencial. O grupo de 60 anos e mais foi, em grande maioria, o que teve maior contribuição positiva no diferencial de expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres, principalmente ao analisar as causas de morte por neoplasias, doenças do aparelho circulatório e doenças do aparelho respiratório. Outro padrão visto em todas as regiões analisadas foi a maior contribuição positiva do grupo de 25 a 39 anos no que tange a mortalidade por causas externas, contribuindo para o aumento do hiato existente.  Conclusão: A maior mortalidade para os homens, com elevada diferença para as mulheres em determinadas causas, indica que há muito que ser feito em termos de melhorias de condições de saúde visando diminuir o hiato de mortalidade existente, possibilitando maiores ganhos de expectativa de vida. 

Palavras-chave:
 Expectativa de vida ao nascer, Diferenciais de mortalidade, Decomposição