| IX Congreso - ALAP 2020 | Resumo: 10455-1 | ||||
Resumo:Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir os impactos decorrentes das últimas mudanças nos questionários censitários brasileiro na mensuração das desigualdades que assolam a população, em especial a população negra e a população pobre do país. O que se propõe é a comparação entre as perguntas presentes no Censo Demográfico brasileiro, desde 2000 até o ano de 2021. Pesquisa recente já aponta a retirada de variáveis como valor do aluguel, fornecimento de energia elétrica, e questões mais específicas sobre os moradores (CATALÁ, 2020). Tal discussão tem como base a alegação governamental da necessidade de cortes de gastos e da possibilidade de reunir dados similares a partir de outras bases de informações do próprio IBGE e de outras instituições, ainda que não haja acordos institucionais para a utilização de algumas delas. Estas justificativas desconsideram a dificuldade de acesso a outros registros, a possibilidade de menor precisão das informações e as possíveis inconsistências de bases de dados com outras metodologias e modos de mensuração, podendo distorcer ou inviabilizar o levantamento de informações necessárias para a formulação e execução de políticas públicas. O censo demográfico brasileiro é uma pesquisa com reconhecida importância e, sendo assim, faz-se necessária a análise dos impactos em cortes ou modificações de questões (CAVENAGHI; ALVES, 2011), principalmente no que diz respeito ao impacto dessas ações na maioria da população brasileira, em particular a população negra e a população pobre do país. Palavras-chave:
Censo Demográfico, Brasil, políticas públicas, desigualdades
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