| IX Congreso - ALAP 2020 | Resumo: 10551-1 | ||||
Resumo:A assistência a mulher e a criança são direitos fundamentais que se relacionam a melhores desfechos maternos e neonatais. Entretanto, a efetivação do direito à saúde é ainda marcada por dificuldades. O objetivo deste estudo foi identificar dificuldades para a efetivação dos direitos de mulheres e crianças, ao longo dos mil dias, na perspectiva de profissionais de saúde de um município brasileiro. Trata-se de estudo exploratório de abordagem qualitativa, descritiva e analítica e ocorreu entre janeiro e maio de 2019, no município de Alcântara, localizado no Maranhão. Foram incluídos profissionais de todas as USF, integrantes das equipes da ESF há mais de seis meses que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A técnica utilizada foi a entrevista coletiva do tipo grupo focal (GF), realizada nas unidades de saúde do município. Por meio da análise de conteúdo dos grupos focais, identificou-se três núcleos temáticos que expressam as principais dificuldades para a efetivação dos direitos de mulheres e crianças ao longo dos primeiros mil dias de vida, sendo eles: a) problemas na oferta de exames b) questões logísticas; c) desarticulação no processo de trabalho na equipe da Estratégia Saúde da Família. Embora, no Brasil, mulheres e crianças tenham direitos resguardados por leis, infelizmente, na prática, muitos desses direitos são rotineiramente violados. No setor saúde, barreiras à efetiva oferta de serviços de qualidade e em tempo oportuno são impostas por problemas estruturais crônicos, como a desorganização da gestão e dos processos de trabalho em saúde, a precarização dos vínculos trabalhistas, as dificuldades quanto à acessibilidade e o subfinanciamento do sistema único de saúde. Palavras-chave:
Direito à saúde, Saúde da mulher, Saúde da criança
|
|||||