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IX Congreso - ALAP 2020 Resumo: 10604-1

10604-1

Evolução da longevidade e dos diferenciais de mortalidade entre homens e mulheres no Brasil, 1950 a 2015

Autores:
Larissa Gonçalves Souza , Pamila Cristina Lima Siviero
1 Brasil - Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG)

Resumo:

O objetivo deste trabalho é compreender a evolução da longevidade e o comportamento do diferencial por sexo na longevidade, no Brasil, entre 1950 e 2015. Os indicadores calculados foram o diferencial da esperança de vida ao nascer no tempo e entre os sexos no mesmo ano; a razão de sexo entre as taxas específicas de mortalidade e; a contribuição dos grupos etários para o diferencial entre esperanças de vida ao nascer entre os sexos e para os ganhos de longevidade, por sexo. Os resultados evidenciam que, entre 1950-1955 e 2010-2015, a esperança de vida ao nascer das mulheres aumentou de 52,57 anos para 78,04 anos e as dos homens de 49,12 anos para 70,71 anos. Até o quinquênio 1995-2000, as mulheres experimentaram o maior ganho relativo, comparativamente aos homens. De 2000-2005 em diante, o ritmo de ganho foi maior para os homens. Ao longo do período analisado foi observada uma tendência da redução da contribuição do grupo etário dos menores de 1 ano para os ganhos de longevidade e o aumento da participação dos idosos com mais de 60 anos, para homens e mulheres. Em relação ao diferencial por sexo na longevidade, foi observado um aumento de 3,5 anos, em 1950-1955, para 7,62, em 2000-2005, mostrando o primeiro sinal de redução no quinquênio de 2005-2010, no qual o hiato diminui para 7,54 anos. Houve uma redução da participação dos menores de 1 ano e o aumento dos idosos para explicar as diferenças de expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres. Inclusive, embora tenha sido observado razões de sexo entre as taxas específicas de mortalidade elevadas nas idades jovens, as maiores contribuições para o diferencial foram verificadas entre os idosos. Em geral, a avaliação dos ganhos de longevidade e seus diferenciais podem auxiliar na formulação de políticas de saúde direcionadas à diminuição das desigualdades em grupos populacionais específicos.

Palavras-chave:
 Diferenciais, Mortalidade, Esperança de vida ao nascer